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“Que tal chamar de Mulheres no Paddock?”

Atualizado: 5 de out. de 2023

Para eu poder chegar na parte dessa pergunta, antes vou ter que te situar historicamente, como cheguei até ela

Mulheres no Paddock

A parte da Letícia de 26 anos, formada em arquitetura e que trabalha com design há muitos anos, vocês já sabem. O que eu não contei é que no meio desses anos eu tentei VÁRIAS coisas. Sempre tive uma relação muito próxima com o Instagram. Sempre foi minha rede social preferida. Todo mundo me pergunta como eu consegui um nome tão simples como @letsampaio… Sinceramente, eu devia tá lá quando o Insta foi inventado, porque fiz imediatamente depois que lançou. Eu amava!


Mas enfim… Trabalhei com design gráfico desde os meus 14 anos. Fazendo branding e materiais de divulgação para empresas. Foi sempre algo que eu era boa e amava fazer, além de receber reconhecimento das pessoas. Com 15 anos (depois de economizar por muitos natais e aniversários), consegui dinheiro para um amigo do meu pai comprar uma câmera fotográfica profissional nos EUA. E desde então tirava muuuuuuitas fotos, querendo ser fotógrafa profissional.


Troquei Publicidade e Propaganda por Arquitetura na faculdade, mas acabei percebendo que não era completamente diferente. Haviam muitas coisas em comum. A diferença é que o produto que eu estava “vendendo” era um arranha-céu, ou um mercado, ou um hospital…


Então, aos 20 anos que as coisas ficaram mais interessantes. Comecei a trabalhar como fotógrafa e a vender pinturas para ganhar dinheiro. E como eu fiz isso? Sim, pelo Instagram. Fiz todo o branding e foi a primeira vez que fiz um site (sim, fui eu que fiz este site no qual você está gastando seu tempo, lendo sobre a minha vida).


Trabalhei com isso, continuei minha faculdade de arquitetura, e… Veio o tão temido 2020. Pior que eu nem posso reclamar daquele ano. Pra maioria foi um pesadelo. Perderam empregos, pessoas queridas, tiveram que ser hospitalizadas. E eu? Bom… Na real, tenho vergonha da pessoa que o isolamento criou. Minha faculdade decidiu suspender todas as atividades por um semestre inteiro. Então era só eu, trancada em casa, sem ter absolutamente nada pra fazer. “Ah Let, então você decidiu fazer um curso, ou algo produtivo?”. Eu baixei o TikTok (que inclusive está trancado para poupar seu tempo e curiosidade, tentando ir ver meus vergonhosos e fracassados vídeos de dublagem). E claro, glorifiquei aos céus de joelho pela Fórmula 1 ter continuado.


MAS, esse appzinho não foi só perda de tempo. De vez em quando a gente acaba esbarrando em um conteúdo que não é uma dancinha, e que nos acrescenta alguma coisa. Um dia me deparei com um vídeo de um cara contando uma ideia incrível que ele teve antes da pandemia começar. Era um site que ele criou com os amigos para escrever sobre eventos que ele ia, com a intenção de conseguir se credenciar como imprensa e não pagar nada. Isso incluía shows internacionais. Eu pensei “pô, isso eu super posso fazer!”. Mandei a ideia para a minha colega de faculdade, que estava na mesma situação que eu, e assim criamos o ChádeCranberry.com (que ainda tá ativo, para os curiosos de plantão! Esse eu deixo porque me orgulho kkkk). “Ah mas tava em plena pandemia, não tinha evento pra cobrir!”. Pois é, então começamos escrevendo sobre cultura pop e assuntos de garotas, vibes Capricho sabe? Era um projeto para ocupar meu tempo! Abrimos até um canal no Youtube! O conteúdo tava bem legal e eu tinha orgulho do meu trabalho. Mas, infelizmente, quem já trabalhou com isso sabe que, na verdade, o protagonista dessa história é o público. Esse era um nicho extremamente saturado, então dava muito trabalho e nenhum retorno. As aulas da faculdade voltaram, e juntou a falta de motivação com a falta de tempo. Acabei desistindo do blog. Naquela época, fiquei bastante triste por ter “fracassado” em mais um projeto. Mal sabia que aquela experiência ia ser crucial no futuro.


Veio 2021, o tão sonhado ano do meu TCC! A intenção era fazer um complexo cultural, nas margens do Lago Paranoá, aqui em Brasília, focado no lazer do público mais jovem. Mas, aí rolou um desses momentos que na hora você não tem a menor noção do impacto que vai ter na sua vida. Eu e aquela minha colega de faculdade, não nos víamos desde antes da pandemia, e ela já estava terminando o TCC dela. Então decidimos ir em um dos nossos lugares preferidos daqui: o Cine Drive-in. Lá é um lugar mágico pra mim! Antes da pandemia, era o último da América Latina, é super nostálgico, além de eu ser louca por cinema. Mas o mais importante: ele fica dentro do Autódromo de Brasília. Nem lembro que filme fomos ver...O que eu lembro é de contar toda empolgada para ela a ideia que tive para o meu TCC e ela virar pra mim “amiga, é uma péssima ideia!” kkkkkkk


Spoiler: ela tinha TODA razão-. Ela me explicou que era um tema super batido, que todo mundo fazia, então era difícil ser original. E quem me conhece bem sabe que eu sempre gosto de fazer algo beeem diferentão e a minha cara. Então, ela virou e falou “porque você não propõe uma reforma no autódromo? É um assunto que você ama, é diferente e ninguém nunca fez!”, e como ela já tinha estagiado em um órgão do governo que fazia as obras urbanas da cidade, ela também me disse que haviam planos para um projeto do Autódromo em 2022. Meu pai também já tinha tentado me convencer de fazer esse tema algumas vezes. Então acabei cedendo, mudando de orientador, tema… foi um pouco caos, mas deu tudo certo.


Consegui o orientador que eu queria, desde o meu primeiro semestre de faculdade. Ele era especializado em projeto estrutural, principalmente aço e madeira. Lembra que eu disse que só fazia coisas que fossem diferentonas? Pois é! Em TODOS os meus projetos de faculdade, eu decidi fazer as estruturas predominantemente em madeira, e no meu TCC, eu queria que fosse uma junção de todos os meus projetos, então não poderia ser diferente. Mas além disso, veio um super bônus: ele amava Fórmula 1! Então foi uma experiência única e extraordinária! Imagina você TER que assistir a todas as sessões e corridas pelo trabalho? Eu me divertia muito! Sem contar que por coincidência, foi o melhor ano da Fórmula 1 atual! Minhas reuniões com meu orientador eram “adorei a sua ideia para o Paddock! Ah, você viu a briga do Verstappen e do Hamilton na última corrida? Que doideira!”. Foi um ano que aprendi muito, me divertindo e me apaixonei cada vez mais pelo esporte, enquanto tinha orgulho do meu trabalho. Era isso que eu queria para a minha vida. Mas como eu ia ser projetista de autódromos?


No final do ano, realizei o sonho de ir no meu primeiro GP! Foi a cereja do bolo para finalizar aquele ano dos sonhos! Eu finalmente consegui o tão sonhado diploma e o Max o seu tão sonhado título de campeão da Fórmula 1. Lá estava eu de novo “sem nada pra fazer”.


Outro fato sobre mim é que eu sempre tive um “personagem” de brincadeira com meus melhores amigos, que eu me pagava de blogueira nos meus stories privados e fazia recebidos todas as vezes que chegava alguma encomenda da Shein, por exemplo. Também comentava todas as premiações de música e filmes, de forma engraçada e debochada (nossa será que vocês já viram isso em algum lugar?). E claro, quando a pré-temporada da Fórmula 1 de 2022 começou, eu sentia muita necessidade de comentar, afinal eu tinha aprendido muita coisa! A questão é que nenhuma das minhas amigas gostava e entendia.


Agora sim, “que tal chamar de Mulheres no Paddock?”.

Depois de tudo que eu passei, decidi juntar todas as minhas versões e criar o megazord. A ideia era criar um Instagram onde eu pudesse colocar todo meu conhecimento com liberdade, compartilhando com pessoas que gostavam do esporte e tinham interesse de ouvir. Ia ser algo para colocar minha mente para funcionar, ocupar meu tempo e conhecer pessoas novas. O problema é que levei um tempão para pensar em um nome que eu gostasse. Como já tinha muita experiência nisso, eu sabia que tinha que ser um nome marcante, fácil de lembrar e de escrever, que tivesse o @ limpo (sem caracteres), disponível em todas as redes sociais, e claro, que representasse a essência da minha ideia.


A primeira corrida começou e eu ainda não tinha decidido o nome. E aí veio uma surpreendente dobradinha da Ferrari, com DNF do Max e um péssimo desempenho da Mercedes. “EU PRECISO DE UM NOME URGENTE!”. No dia seguinte, com o desespero, o nome veio! E assim nasceu o projeto da minha vida, que virou tudo de cabeça pra baixo. Me deu de presente 70% das minhas amizades atuais, fazendo não só meu trabalho ser finalmente reconhecido, mas ser reconhecido por todo o Brasil! Ele me levou até o paddock de Interlagos, até o Baile de Gala de 50 anos do GP do Brasil, a conhecer vários pilotos e pessoas que eu sempre admirei. E o melhor de tudo, é que isso é só o comecinho!


Obrigada por ter vindo até aqui comigo. Seja bem-vinda(o) ao MulheresNoPaddock.com! Foi feito com todo meu coração, para aumentar ainda mais sua paixão! Esse site é nosso, é uma conversa entre bests! É um lugar leve e divertido, onde vamos poder falar de uma forma um pouco mais aprofundada sobre nosso mundinho. Além de, finalmente, poder dar mais umas carinhas novas para o Mulheres no Paddock! E é isso! Espero que gostem!

Bora que é só o começo!


It’s lights out and away we gooooo!!!


Com todo meu amor e gratidão, Let Sampaio


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